Polska by Night Wiki
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 Ivar, o mestre caçador da aldeia de Ossolinski, é um neófito do clã Gangrel. Ele é um dos protagonistas da Polska by Night, tendo sido desenvolvido e interpretado pelo jogador Max Manzini.

Biografia[]

Ivar nasceu como um dos últimos membros de uma antiga família de caçadores-coletores que se estabeleceram na região que viria a abrigar a aldeia de Ossolinski. Aprendeu desde cedo o ofício que sua família desempenhou por inúmeras gerações, porém seu coração independente sempre ansiou por mais. Foi em sua juventude que ele respondeu ao chamado da estrada, tendo passado muitos anos perambulando pelo mundo. Ao longo deste período aproveitou-se das habilidades que lhe foram passadas pelo pai e pelo avô, bem como de sua avantajada compleição física para ganhar seu sustento no perigoso período medieval.

Após tornar-se um homem endurecido por uma existência brutal como mercenário em diversos campos de batalha, Ivar finalmente retornaria à sua aldeia natal quando os primeiros cabelos brancos começaram a surgir em sua espessa cabeleira vermelha. Assentou-se novamente em Ossolinski assumindo uma posição como guarda-caça do senhor do castelo de Krystopor - e muito embora os curiosos aldeões tenham-no inquirido insistentemente sobre suas aventuras, Ivar limitava-se a tecer contos sucintos entre um gole e outro da água ardente mais forte que a taverna Donzela de Pedra tinha a oferecer - muitos dos quais revolviam em torno da donzela escudeira que havia capturado seu coração, e que o acompanhara grávida em seu retorno à aldeia.

Os velhos progenitores do guarda-caça de Ossolinski haviam falecido durante seu exílio e, com exceção do próprio Ivar, agora nenhum outro membro de sua linhagem sanguínea restava. Sendo assim a gravidez de sua donzela escudeira trouxe grande felicidade ao casebre que outrora havia sido habitado por inúmeras gerações de caçadores ruivos, os quais, dizia-se, compunham a mais antiga linhagem de homens mortais a habitar aquelas matas. Entretanto uma sombra palpável erguia-se sobre aquela família, e não tardaria até que a tragédia se abatesse sobre eles.

O primeiro e único filho de Ivar foi batizado com o nome de Barka, em homenagem ao seu heroico avô que havia enchido a cabeça do infante Ivar com histórias maravilhosas sobre suas andanças. Muito embora o nascimento do pequeno Barka aquecesse o coração de seus pais, ele não vinha em momento auspicioso, pois o bebê nascera na manhã mais fria de um terrível inverno que ficou conhecido como "o inverno dos lobos", pois  aquela estação fora particularmente longa e cruel, forçando as criaturas da floresta (e das cidades) a buscar os meios de sua sobrevivência onde quer que pudessem encontrá-los.

Logo que Barka veio ao mundo, sua mãe implorou para que a criança fosse levada para junto das demais gestantes no castelo de Krystopor, uma vez que o recém nascido provavelmente não sobreviveria às baixas temperaturas que a noite prometia. Ivar, por sua vez, descartou as preocupações da mulher afirmando que as peles de cervo e o braseiro haviam sustentado os rebentos de sua família naquele lugar por séculos! Entretanto, nem mesmo seu coração endurecido era páreo para o inédito olhar de preocupação ostentado por sua companheira, como se ela previsse, com a certeza de uma mãe, que um grande infortúnio se abateria sobre seu filho caso ele ali permanecesse.

Enfraquecida pela grande perda de sangue decorrente de seu sofrido parto, a donzela escudeira ficaria aguardando no local. Seu marido prometeu que levaria à cabo a tarefa que lhe havia sido conferida, e que retornaria ao casebre o mais rápido possível mesmo que tivesse que atravessar a nevasca na escuridão completa perdendo os dedos e o nariz para o congelamento. Assim, envolvendo a criança nas peles de cervo, partiu a pé em direção ao castelo carregando consigo apenas um receptáculo de cerâmica contendo leite materno (que congelaria completamente durante a viagem).

Nenhum dos aldeões conhece detalhes sobre a tragédia que ocorreu no casebre do caçador - que encontrava-se em uma região remota da Floresta dos Espinhos, bem afastada do centro da aldeia de Ossolinski. Porém aquele evento delimitou uma mudança sombria no comportamento de Ivar. E muito embora sua prole tenha sobrevivido, o caçador nunca mais foi visto sob a luz do sol naquela aldeia. Depois de meses retornou, tentando a todo custo evitar os olhares inquisitivos dos aldeões - sendo que os poucos que se atreveram a se aproximar, observaram o rosto de um homem transfigurado, capaz de gelar o sangue em suas veias.

A donzela escudeira nunca mais foi vista após a terrível nevasca que se abateu sobre a floresta naquela noite e, enquanto a própria aldeia era atacada impiedosamente por uma alcateia de bestas famintas, o castelo parecia ser o único bastião de relativa segurança. Naquela madrugada, uivos terríveis dividiam espaço com os gritos desesperados dos aldeões que lutavam por suas vidas. Entre os habitantes do castelo formou-se o consenso de que o próprio Ivar havia perecido juntamente com sua esposa em virtude dos lobos ou da própria nevasca, porém a informação de que um modesto túmulo se assomava ao lado do casebre testemunhava o contrário. Muitas luas se passaram até que o guarda-caças retornasse ao castelo para reclamar sua cria, que neste meio-tempo havia sido entregue aos cuidados da velha parteira da cidade, incumbida de encontrar uma ama de leite aceitável para o pequeno Barka.

Alheio ao conhecimento dos cidadãos de Ossolinski, eventos muito mais sinistros estavam por trás do Inverno dos Lobos, eventos tão misteriosos que o próprio Ivar ainda hoje não os compreende, uma vez que lhe faltam boa parte das peças deste quebra-cabeças. O resoluto caçador conseguiu retornar ao casebre conforme prometera, porém tarde demais para impedir a horrível carnificina que se abateu sobre o local. A fúria insana que levou Ivar a caçar, mutilar e destruir aqueles que considerava responsável por seu infortúnio, tornou-o notavelmente atrativo aos olhos de seu misterioso senhor. Entretanto, as lembranças do caçador acerca das circunstâncias de seu Abraço foram afogadas em sangue, extraviadas pelos frios ventos do inverno, ou destruídas por garras e dentes bestiais.

Levou um bom tempo até que Ivar recobrasse sua sanidade, deixando de agir por instinto e alcançando a compreensão que de sua nova condição como uma das crianças da noite. Se algum dia ele se sentiu diferente dos demais homens, agora ele suspeitava que jamais seria um deles novamente. Ironicamente, seu senso de dever para com sua família o impeliu a retornar à aldeia com o intuito de preservar os últimos resquícios de sua humanidade. Com o passar dos anos Ivar tomou parte na criação de seu herdeiro, e passou a racionalizar sua condição existencial a partir da moldura providenciada pela religião pagã de seus ancestrais. Ele acredita que pode proteger o que restou de sua família cortejando a boa vontade do deus Veles.

Ficha de Personagem[]

Ivar, o urso caçador da Floresta dos Espinhos
Clã: Gangrel
Senhor: Leshy
Natureza: Arquiteto
Comportamento: Defensor
Geração: 7ª
Abraço: Desconhecido
Idade Aparente: fim dos 30
Físico: Força 4, Destreza 4, Vigor 4
Social: Carisma 2, Manipulação 2, Aparência 2
Mental: Percepção 2, Inteligência 3, Raciocínio 3
Talentos: Prontidão 2, Esportes 3, Briga 4, Crime 1
Perícias: Empatia c/ Animais 2, Arqueirismo 3, Etiqueta 1, Armas Brancas 4, Cavalgar 2, Furtividade 2, Sobrevivência 2
Conhecimentos: Instrução 1, Sabedoria Popular 2, Investigação 2
Disciplinas: Metamorfose 4, Animalismo 2
Antecedentes: Geração 5, Recursos 2, Fama 1
Virtudes: Consciência 2, Autocontrole 3, Coragem 4
Moralidade: Humanidade 6
Força de Vontade: 7

Galeria[]

Referências[]

Sei lá...

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